Entrevista para a revista Glamour
Tradução:
Foi dito que seu primeiro encontro com Denis Villeneuve foi totalmente casual.
Foi como descobrir um irmão mais melhor que não sabia que tinha. Ele tem mais experiência que eu na vida, contudo, ele se intriga com as mesmas coisas que eu. Denis é um sedutor e eu queria aprender com nossa colaboração.
Enemy é seu segundo trabalho com ele, depois do êxito de Prisoners. O que você aprendeu com esse gênio da direção?
Antes de mais nada te direi que adoro os atores que acreditam uns nos outros.E sabe que somos partes essenciais do processo de contar histórias.Não posso catalogar Enemy como um filme, porque é um filme estranho, fascinante, onde interpreto dois personagens diferentes. Também, foi adicionado um componente tecnológico porque estou nos dois lados do enquadramento e isso foi, criativamente, uma inspiração para mim. Também me deu liberdade necessária para tomar decisões, pude me envolver o tempo todo.
Neste filme, você interpreta dois personagens. Por um lado, um estranho professor de universidade, por outro, um homem idêntico a ponto de ter um filho Porém não se consegue compreender a relação entre eles.
Enemy explora a vida desses dois homens igualmente. Não foi um trabalho fácil, porque nestes casos os atores costumam interpretar dois personagens completamente diferentes. E essa não era a intenção de Denis. O filme mescla o suspense com drama psicológico, não posso explicar a trama, creio que é melhor você ver.
Você teve que se preparar para o personagem?
Não, porque agora tenho um visual hipster.
Você está há muitos anos nessa indústria. Sentes a pressão da fama?
Todos da minha família são partes dessa indústria. eu sabia onde estava me metendo quando pensei nessa carreira, porém com a condição de terminar meus estudos. Creio que isso me ajudou a encontrar um caminho, a amadurecer, sem cair nas armadilhas da fama em uma idade mais jovem.
Você vive em Los Angeles?
Não, agora vivo em Nova York. Toda minha família se mudou para lá depois que minha irmã decidiu que seus filhos crescessem em Manhattan, e eu segui seus passos para estar perto deles. tem sentido porque estamos mais unidos e gostamos de nos ver com frequência. vivi muito tempo em Los Angeles, mas não agora. Me cansei da cidade.
És daqueles que se movem de bicicleta por Manhattan?
Sim, não sei como ainda estou vivo.
Acabo de reler uma entrevista antiga sua com Susan Sarandon que ocorreu num banheiro. Em uma passagem, você diz que os personagens ajudam a descobrir você mesmo. Isso está certo?
O melhor deste trabalho é ter a oportunidade de fazê-lo, de encontrar algo que te fascina e investigar sobre isso. Te dá certa perspectiva sobre tua vida. Com Enemy foi quatro meses vivendo em um lugar escuro da natureza humana e todo o tempo contemplando esse aspecto, me questionei a ideia de ser um herói.
Como te afeta emocionalmente trabalhar um aspecto tão escuro e não cair em depressão?
As vezes o trabalho não resulta em algo divertido, porém é uma forma de aprender sobre mim mesmo. Jamais vejo como algo negativo, quando regresso para casa trato de esquecer. Sempre vejo o lado positivo das coisas, como uma canção, recordando um momento concreto com meus amigos de filmagem. As vezes necessito algumas horas para me recuperar, mas consigo.
Fonte: iheartjakemedia
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Admiro essas novas escolhas de trabalhos.
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